A Jaguar voltou a "ressuscitar" o E-Type para assinalar as bodas de ouro sobre o fim da produção do belíssimo roadster em 1974.
São dois exemplares muito especiais produzidos pela Works Bespoke, e directamente inspirados nas últimas 50 unidades comemorativas do drophead coupé produzido naquele ano.
A distinguir os dois Classic E-Type Commemorative estão os acabamentos exclusivos em Signet Green e Opal Black, numa interpretação contemporânea das cores originais que decoraram ambas as carroçarias.
Foram mais de 2.000 horas de trabalho "gastas" em cada um para incorporar uma série de detalhes personalizados que os diferenciam de qualquer outro restauro alguma vez feito pela Jaguar Classic.
E, ao contrário dos anteriores modelos restaurados, estes dois exemplares foram feitos de raiz a partir dos planos da época em que foram concebidos.
Luxo incomparável
Uma das características mais marcantes desses E-Types são os materiais de alta qualidade utilizados nos acabamentos.
O interior acolhe elementos em alumínio anodizado com detalhes em madrepérola, prata maciça e ouro de 18 quilates no centro do volante, no rádio e nos botões do tabliê.
Idealizados pela Deakin & Francis, a joalharia mais antiga do Reino Unido fundada em 1786, nem a alavanca da caixa manual foge a esses adornos, reflectindo um luxo incomparável a bordo.
Além desses acabamentos excepcionais, os dois roadsters beneficiam de tecnologias modernas mas discretamente integradas, como o pára-brisas aquecido, o ar condicionado e o auto-rádio com Bluetooth.
Motor actualizado
Sob o capô, os "novos" Jaguar Type-E Série I escondem o popular bloco atmosférico de 3.8 litros mas agora actualizado com um sistema de injecção electrónica para optimizar o desempenho e a eficiência.
Por saber fica se o motor mantém os 265 cv e 354 Nm com que saiu de fábrica entre 1961 e 1964, que lhe permitia acelerar dos zero aos 100 km/hora em 7,5 segundos para uns máximos 236 km/hora.
Outra concessão à modernidade foi a substituição por uma caixa manual de cinco relações a de quatro relações que equipava originalmente o descapotável.
Estas evoluções técnicas não desvirtuam a essência do E-Type, a começar pelo rugido singular o motor, ao mesmo tempo que satisfaz as expectativas dos condutores em termos de conforto e fiabilidade.
O chassis, a suspensão e os travões também foram recalibrados para garantir uma condução suave, mesmo para os padrões actuais dum desportivo.
Considerado um dos "carros mais bonitos do mundo", nas palavras dum certo Enzo Ferrari, desconhece-se o preço de cada Classic E-Type Commemorative; não ser nada barato é já uma certeza!
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